segunda-feira, 14 de julho de 2014

O Barco da Minha Vida

Enquanto marinheiro do mar da vida, já tive muito do que me orgulhar... já fui o timoneiro de um veleiro jovem,  forte, bonito, bem acabado com finas velas, dotado de alguns refinados dons. No passado meu navio era capitaneado por Jesus Cristo, e com certeza passamos muitas coisas juntos.
Todavia em algum momento da jornada, percebi que o meu capitão havia sido convidado por mim a se retirar de meu barco. E não o fiz de forma consciente, isso aconteceu aos poucos.

A tentativa de achar que eu sabia o que era melhor, achar que teologia, religião, metas, alvos me deixaram mais próximo dEle... fui me enganando, me entorpecendo...
Comecei a almejar uma navegação mais venturosa, com mais paixão, mais vida, mais emoção... e foi me desviando da rota original para singrar águas misteriosas e inexploradas.
Quando percebi, meu barco já havia sido engolido por uma tormenta, que parecia vir de todas as direções, principalmente de baixo.
Ao invés de virar o leve imediatamente e retornar a rota segura, convicto e autoconfiante, agarrei-me ao leme de minha vida, e rangendo os dentes com os olhos flamejantes de fúria, me arremeti de vez para dentro da tempestade assoladora... Queria provar para mim mesmo que eu conseguiria, que eu seria capaz de manter o barco de minha vida a prumo sem adernar, pois agora eu era o capitão... 




A tempestade desabou sobre mim, dia após dia. 

Navegando, não vi mais a luz do Sol, nem o brilho das estrelas... o dia e a noite tornaram-se uma coisa só.
O som das poderosas vagas chocando-se contra o meu casco, que não era tão forte quanto eu pensava, a visão dos ventos rasgando minhas velas, e despedaçando os mastros, antenas, bandeiras.
O meu veleiro foi se despedaçando, e fui perdendo para as águas escuras os meus mais preciosos tesouros.
Diante de tamanho desespero, busquei auxílio em medicações que anestesiavam minha mente, ou em prazeres que anestesiavam minha alma e coração...
Mas tais atitudes não rendiam nenhum resultado positivo, antes pelo contrário, me fizeram sentir o mais agudo vazio.

Finalmente o casco de meu veleiro partiu-se sob meus pés,  e para não ser tragado com ele, tive que pular na água gelada, assistindo com o auxílio dos raios que cortavam a noite, aquele que fora um lindo e capaz veleiro estava aos pedaços.

Agarrei-me a um pedaço de madeira que flutuava ao meu lado... e achei que esse seria o fim... pois aquela boia improvisada foi tudo o que sobrou, e ali na revoltosa e escura água gelada, quando tempo mais eu poderia durar??

Silenciei, e minhas lembranças me levaram de volta a idos tempos, dias de sol, brisa suave, e embarcação intacta... fechei os meus olhos, e esperei o fim, embalado por essa lembrança.

Mas, ouvi um voz... e para minha surpresa e espanto, havia alguém em pé ali ao meu lado. Isso mesmo, em pé! E conhecedor das escrituras que sou, sabia que só havia uma pessoa capaz de caminhar sobre as águas.
Sim, era ELE, meu antigo capitão, que abandonei em algum porto desta vida... ali estava ELE! Não se importou com o vento, nem fez conta da chuva.
Perguntou-me se ainda o queria como capitão.
Ao que lhe respondi... Sim meu SENHOR, todavia, não existe mais o que capitanear, não há mais barco algum... tudo se perdeu. Existe apenas esse pedaço de madeira, em que me seguro.
E Cristo inclinando-se a mim, me disse: "Ainda que seja apenas um pedaço de madeira, oferece-o a mim, permita que eu seja seu capitão de novo" não importa a embarcação, mas sim seu capitão.

Quero declarar aqui, aos portos do mundo, aos poderes confederados do ar e do mar... que aceitei o convite de Jesus. Não tenho mais barco para convidá-lo a entrar, mas se Ele consente ser capitão deste pedaço de madeira, assim será!

Quando lhe disse que não havia mais barco para convidá-lo a entrar, ELE me respondeu, NÃO PRECISO DE BARCO, POIS ANDO SOBRE AS ÁGUAS! Mateus 14.

Quando pedi perdão por minha loucura e pelo que havia feito com minha vida e meu barco, ELE me disse: " Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro." Isaías 43:25

Quando lhe disse que estava cansado, e que não teria mais forças para me segurar sobre a madeira flutuante, ELE ME RESPONDEU: "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça. Isaías 41:10

Quando eu disse que estava com medo da tempestade, ELE me prometeu que iria acalmar o vento, e fazer o mar se aquietar, pois sabia como fazer isso. Marcos 4:39

Prometeu-me ainda, enxugar minhas lágrimas, e conduzir minha vida ao seu porto de eterna paz, chamado Nova Jerusalém.

Enfim... DEUS É BOM! Posso até navegar sobre um pedaço de madeira, mas estou feliz e em paz, por saber que outra vez, eu tenho um CAPITÃO!

OBRIGADO SENHOR.

Juliano Cruz.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Filha... uma amiga pra sempre!

A algum tempo atrás minha primogênita  só conhecia duas relações familiares: mamãe-filhinha e papai-filhinha. E é  muito lindo  notar e descobrir como a visão de mundo da minha pequena tem se ampliado. Primeiramente se ligando afetivamente  aos avós,  tios e finalmente aos amigos e entende perfeitamente o que isso quer dizer. Quem são eles? O primo da mesma idade, os vizinhos de porta, os filhos de nossos amigos com quem ela também convive bastante. Pra mim, minha filha entendia a amizade, como a simples convivência de quem compartilha os brinquedos e brincadeiras.



Foi então que percebi que ela  sabe e entende muito mais do que isso. Na hora da naninha, minha pequenina de 6 anos comenta: "- Mamãe, quero conversar com você”. “Mamãe, quero te dizer que você é minha amiga!”. Qual mãe não se desmancha toda nessa hora? A filhotinha quis ficar um tempão falando, contando como tinha sido a comemoração da Páscoa, as coisas que tinha feito e de que tinha gostado, seus gostos e preferências – de música, de passeios, de desenhos animados! Ela conseguiu me explicar tudo, e finalizou: “Mamãe, amiga gosta de estar junto, né?”. Sim, filha, amiga gosta mesmo de ficar junto!
É por momentos como esse que você percebe o quanto vale a pena abrir mão de algumas coisas pela maternidade. Porque um vínculo assim se forma do contato no dia- a- dia, da dedicação que você coloca na intenção de se tornar amiga do seu filho. E para ajudar nessa conexão, listei cinco formas de fortalecer essa amizade. 

1) Abrace.
 Eu acredito na terapia do abraço: não existe dor nesse mundo que não seja amenizada por ele. Por isso, fique junto, aperte, dê carinho. É assim que seu filho aprenderá a ser carinhoso.


2) Quando estiver com seu filho, esteja 100% com ele. 
É fácil falar, mas é difícil na prática. Pois hoje queremos fazer milhares de coisas ao mesmo tempo. Seu celular toca o dia inteiro, você checa os e-mails a cada meia - hora, e ainda tem que dar conta de todas as tarefas maternas. O dia é corrido mesmo, mas se você puder tirar uma parte do seu tempo (mesmo que pequena, mas onde você esteja integralmente disposta a interagir com o filhote, brincar com ele) sem nenhuma distração, ele se sentirá valorizado.

3) Pratique a empatia.
Tente se colocar no lugar do seu filho. Se seu filho Ele está com medo ou caiu,  não ignore sua necessidade de atenção, por mais que julgue algo pequeno. Beije o machucado, não custa nada! O filhote vai se sentir cuidado por você.

4)  A hora de dormir é especial.
Por experiência própria, eu sei que a hora de dormir pode ser bastante desgastante. Pode ser que você leve uma hora dentro do quarto do filhote e esteja à beira de uma ataque de nervos. Mas eu também sei que esse é o momento mais difícil do dia para minha filha. Porque não deixa de significar uma separação. Quando viajei recentemente, foi o único momento do dia em que ela chorou a minha falta, e conversando com muitas mães percebo que é exatamente da mesma forma na casa delas. Por isso, mesmo quando a paciência está pequena, procuro valorizar os momentos antes da hora de dormir. Uma história, uma conversa sobre o dia, ou simplesmente ficar ali junto do pequeno pode ser tudo o que ele quer de você. Custa tão pouco, e o retorno é tão grande!


5) Deixe a emoção tomar conta.
É claro que temos que ser fortes na frente dos filhos. Há momentos em que por maior que seja nosso pânico,  nosso papel de mãe é colocar no rosto aquela cara de quem está no controle de tudo e passar segurança para os filhos. Mas também há espaço para deixar uma lágrima rolar de vez em quando, se bater a tristeza. Deixe, nesses momentos, que o pequeno tenha a oportunidade de ver que você é humana e que nem todos os dias são bons. Deixe que ele dê o beijo e o abraço que curam!


dicas- (http://www.mildicasdemae.com.br/
por Michelle F. Jasinski 

segunda-feira, 30 de junho de 2014

O filho preferido

"Certa vez perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido, aquele que ela mais amava. E ela, deixando entrever um sorriso, respondeu: "Nada é mais volúvel que um coração de mãe. E, como mãe, lhe respondo: o filho predileto, aquele a quem me dedico de corpo e alma... 


 É o meu filho doente, até que sare;
O que partiu, até que volte;
O que está cansado, até que descanse;
O que está com fome, até que se alimente;
O que está com sede, até que beba; 
O que está estudando, até que aprenda;
O que está nu, até que se vista;
O que não trabalha, até que se empregue;
O que namora, até que se case;
O que casa, até que conviva;
O que é pai, até que os crie;
O que prometeu, até que se cumpra;
O que deve, até que pague;
O que chora, até que cale;
E já com o semblante bem distante daquele sorriso, completou: 
O que já me deixou... 
até que o reencontre..."

(autor desconhecido)

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Mau hálito- causas e soluções

Mau hálito é um problema sério e constrangedor, tanto para quem tem quanto quem convive com a pessoa que o tem. 
Temos que estar sempre verificando nossa higiene e saúde. Assim não constrangemos outros nem nos sentiremos constrangidos ou seremos alvo de piadinhas no trabalho, escola ou mesmo em casa.

 

O que pode provocar mau hálito ou halitose?

  • Problemas de saúde: Gastrite, úlcera, refluxo, diabetes, infecções de garganta, sinusite, periodontite e cárie são alguns problemas que podem causar mau hálito. O diabetes não é pela doença em si, mas pelos problemas que traz às gengivas e por provocar boca seca.
  • Má higiene bucal: A vida corrida ou mesmo a preguiça às vezes nos impede de fazer aquela higiene necessária nos dentes, gengivas e língua. Os restos de alimentos que ficam causam a placa bacteriana e aquele "bafo". Se não for retirada através da boa escovação, acaba por se solidificar e torna-se uma placa dura - o tártaro - que se fixa na base dos dentes e começa a empurrar a gengiva causando sangramentos. A princípio é chamada de gengivite e uma limpeza no dentista resolve. Mas, se não for tratada, torna-se uma doença chamada periodontite que além de fazer a gengiva se retrair causa perda óssea e de sustentação aos dentes, fazendo com que fiquem com mobilidade e possam até cair.
  • Problemas psicológicos: Acreditem ou não, alguns estudiosos do comportamento dizem que pessoas pouco sociáveis, ansiosas e que querem se isolar costumam desenvolver mau hálito como forma de afastar os outros. Seria uma somatização.
  • Jejum prolongado: Ficar muito tempo sem comer ou fazer dietas com restrição de carboidratos faz com que o organismo queime gorduras. O resultado dessa queima é uma substância chamada "cetona" que sai na respiração provocando mau hálito.

O que pode ajudar?

Antes de mais nada trate da saúde. Se você tem mau hálito, e balas, sprays e escovação não estão resolvendo, procure um gastroenterologista ou um otorrino.
Descartados outros problemas de saúde, consulte o seu dentista e avalie como está sua saúde bucal. O dentista além de verificar os dentes, língua e gengiva, verifica também se há sinais de câncer de boca e garganta. Faça uma limpeza periódica (a cada seis meses pelo menos), com retirada de tártaro, jato de bicarbonato e polimento.
Depois desses cuidados, siga estas dicas:

1. Beba água

A água ajuda muito a aliviar o mau hálito. Boca seca causa mau cheiro, por isso acordamos com aquele cheirinho desagradável pela manhã.

2. Fuja do café e cigarro

Café costuma criar uma película na língua impedindo a oxigenação e claro, onde não há oxigenação, as bactérias proliferam. Prefira leite, um suco ou vitamina de frutas. O cigarro tem ação vasoconstritora e diminui a irrigação sanguínea nas gengivas e consequentemente a diminuição das defesas contra as bactérias que proliferam e causam a periodontia. Quanto ao hálito do cigarro nem precisa de maiores explicações.

3. Escove bem os dentes

Não aquela escovação de 60 segundos. Isso é só passar pasta dental nos dentes. Minha dentista diz que se deve sentar para escovar os dentes. No mínimo 15 minutos antes de dormir. Já pela manhã e após as refeições, pelo menos 3 minutos de escovação, sem pasta. Deixe a pasta dental para dar aquela perfumada no final.

4. Escove a língua

A língua é cheia de cavidades que acumulam restos de alimentos. Use um raspador ou uma escova macia com pasta dental. Esfregue delicadamente. A língua saburrosaé um dos principais motivos do mau hálito. É causada pela má higiene e maus hábitos como fumar e tomar café.

5. Use o fio dental

Nenhuma escovação é completa sem o uso do fio dental. O fio não apenas deve entrar e sair por entre os dentes. Ele deve "abraçar" o dente afundando para dentro das gengivas sem forçar e sem machucar e ser puxado para fora retirando as impurezas. Repita de cada lado do dente. Isso evita o acúmulo de tártaro.

6. Alimente-se bem

Além de ajudar o estômago a funcionar melhor e favorecer a saúde como um todo, alguns alimentos ajudam a limpar os dentes como a maçã, pêra, cenoura.

7. Tenha sempre um spray ou chicletes sem açúcar na bolsa

No fim do dia ou no começo, é uma boa maneira de ter um hálito fresco. Quando tiver um encontro romântico ajuda também. A propósito, evite alho, cebola, peixe e outros alimentos de cheiro forte antes do encontro. Caso já os tenha comido, calma, um copo de leite ajuda muito.

por Stael Metzger 
http://familia.com.br

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Depressão: o distúrbio da moda e o mal do século

Sentir-se abatido de tempos em tempos é algo normal que faz parte da vida. Mas quando o vazio e o desespero tomam conta do seu dia a dia  tornando-se permanente, afetando-lhe a motivação  e o sentido da vida, pode ser depressão. Mais do que apenas o humor diminuído, os pontos baixos da depressão podem afetar-lhe a sua funcionalidade e deixar de ter prazer na vida, como anteriormente tinha. Deixa de se interessar pelos amigos, família, lazer, hoobies, trabalho, saúde, você sente-se esgotado o tempo todo, e só aguentar o passar do dia pode ser avassalador. Quando você está deprimido, as coisas podem parecer-lhe inúteis, sem sentido, mas com ajuda e apoio você pode ficar melhor e pouco a pouco sair dessa tormenta. Mas primeiro é importante que você perceba algumas coisa acerca da depressão. Aprender sobre a depressão, e como lidar com a depressão, incluindo a identificação dos seus sinais, sintomas, causas e tratamento é o primeiro passo para superar o problema.
A questão da depressão é uma área complexa, mas é uma área que tem vindo a crescer no esclarecimento do seu tratamento. Quase todos os dias novas informações são transmitidas, ajudando na orientação do nosso conhecimento e o que fazer. Independentemente das várias formas de intervenção e das diferentes respostas ao tratamento por parte das pessoas que sofrem com o problema da depressão, ainda assim a grande maioria pode e consegue aprender como reduzir de forma significativa os seus níveis de depressão ou até mesmo um alívio total da angustia provocada por este terrível problema. As pessoas que podem obter grande alívio da depressão inclui todas aquelas que pensam que nunca irão conseguir ultrapassar os seus problemas pessoais e que consequentemente a sua depressão irá durar para sempre.


O QUE É A DEPRESSÃO?

Todos nós sentimos e passamos por altos e baixos no nosso humor. A tristeza é uma reação normal às situações de vida, tais como lutas, zangas, perdas, derrotas e decepções. Muitas pessoas usam a palavra “depressão” para explicar estes tipos de sentimentos, mas a depressão é muito mais do que tristeza. Algumas pessoas descrevem a depressão como “viver num buraco negro” ou ter um sentimento de desgraça constante. No entanto, algumas pessoas deprimidas não se sentem tristes por tudo, em vez disso, sentem-se sem significado na vida, como se a vida fosse vazia e apática.
Seja qual for o sintoma, a depressão é diferente da tristeza normal ou da simples desmotivação, na medida em que anula o seu dia-a-dia, interferindo com a sua capacidade de trabalhar, estudar, comer, dormir e divertir-se. Os sentimentos de desamparo, desesperança, inutilidade são intensos e implacáveis, com pouco ou nenhuma alívio.

EM QUE É QUE A DEPRESSÃO DIFERE DA TRISTEZA OCASIONAL?

Enquanto todos nós, ocasionalmente, podemos ficar tristes ou “em baixo”, normalmente estes sentimentos tendem a passar muito rapidamente. Por outro lado, alguém com depressão tem experiências de extrema tristeza ou desespero, que dura pelo menos duas ou mais semanas. Os indivíduos deprimidos tendem a sentir-se impotentes e sem esperança culpando-se por terem esses sentimentos. O sentimento de culpa é muito vincado. A depressão interfere com as atividades da vida diária, tais como trabalhar ou concentrar-se em tarefas, ou mesmo comer e dormir. Outros possíveis sintomas da depressão incluem dores crônicas, dores de cabeça ou dores de estômago. Algumas pessoas podem sentir-se irritadas ou agitadas por longos períodos.
As pessoas que estão deprimidas podem sentir-se oprimidas e exaustas deixando completamente de participar em certas atividades quotidianas. Elas podem deixar de se interessar por assuntos relacionados com a família e amigos. Deixam de se importar com as suas vidas. Perdem o sentido de futuro, deixam de ter prazer nas coisas que anteriormente lhe eram significativas. A pessoa deixa de acreditar que consegue dar a volta à situação e por consequência deixa de fazer planos para o futuro. Alguns indivíduos deprimidos podem chegar a ter pensamentos de morte ou suicídio como já referi anteriormente. Esta parece-lhe ser uma solução para os seus problemas, mas na verdade não passa de um erro de raciocínio. Um conjunto de caminhos deturpados pela condição em que a pessoa se encontra.

VOCÊ ESTARÁ A SOFRER DE DEPRESSÃO?

Se você se identifica com vários dos seguintes sinais e sintomas, não sentido nenhuma diminuição de dia para dia, você pode estar a sofrer de depressão clínica:
  • Você não consegue dormir ou dorme em excesso.
  • Você tem dificuldades de concentração, ou sente que algumas das tarefas que fazia facilmente são agora um tormento.
  • Você sente-se desesperançado e desamparado.
  • Você não consegue controlar os seus pensamentos negativos por mais que se esforce.
  • Você perdeu o apetite ou não consegue parar de comer.
  • Você está muito mais irritadiço e com humor diminuído do que é habitual.
  • Você tem pensamentos de que não vale a pena viver (se for o caso procure ajuda imediata).

 

SINAIS E SINTOMAS DA DEPRESSÃO

A depressão varia de pessoa para pessoa, mas há alguns sinais e sintomas que são comuns. É importante lembrar que esses sintomas podem ser parte de algumas dificuldades normais da vida. Mas quanto mais sintomas você tem, mais fortes eles ficam, mais tempo eles duram, o mais provável é que você esteja a sofrer com incapacidades ligadas à depressão. Quando estes sintomas são esmagadores e incapacitantes, é quando é hora de procurar ajuda.


Sinais e sintomas comuns da depressão:
  • Sentimentos de desamparo e desesperança. Um panorama desolador, pensa que nunca mais nada irá ficar melhor e que independentemente dos seus esforços, não há nada que você possa fazer para melhorar sua situação.
  • Perda de interesse nas atividades diárias. Falta de interesse nos passatempos anteriores, lazer, atividades sociais, ou sexo. Você perdeu a sua capacidade de sentir alegria e prazer na vida.
  • Alterações no apetite ou no peso. Significativa perda de peso ou ganho de peso com uma alteração em mais de 5% do peso corporal num mês.
  • Alterações do sono. Ou insônia, especialmente acordar nas primeiras horas da manhã, ou dormir demais (também conhecido como hipersônia).
  • Irritabilidade ou inquietação. Sente-se agitado, e inquieto. O seu nível de tolerância à frustração é baixo, tudo e todos lhe provoca nervos.
  • Perda de energia. Sente-se cansado, lento, e fisicamente esgotado. Todo o seu corpo pode sentir-se pesado e até mesmo pequenas tarefas são difíceis de realizar ou a demorar mais tempo para serem concluídas.
  • Auto-aversão. Fortes sentimentos de inutilidade ou culpa. Você critica-se duramente a si mesmo por falhas percebidas e erros.
  • Problemas de concentração. Dificuldade para se concentrar, tomar decisões, ou lembrar as coisas.
  • Dores inexplicáveis. Um aumento do número de queixas físicas, como dores de cabeça, dores nas costas, dores musculares e dor de estômago.

 

DEPRESSÃO E SUICÍDIO

A depressão apresenta-se como um elevado fator de risco para o suicídio. O desespero e a desesperança que se manifesta junto com a depressão pode levar a pensamentos  sobre o suicídio, a pessoa sente que colocar término à vida é  a única maneira de escapar à dor. Pensamentos de morte ou suicídio são um sintoma grave de depressão, por isso qualquer conversa ou comportamento que dê indícios dessa possibilidade deverá ser levado a sério. Normalmente não é apenas um sinal de alerta que a pessoa está a transmitir: é um grito de socorro.

Os sinais de alerta para o suicídio incluem:
  • Falar em morrer ou prejudicar-se a si mesmo
  • Expressar sentimentos fortes de desespero ou de se sentir encurralado
  • Uma preocupação incomum com a morte ou em morrer
  • Comportar-se de forma imprudente, como se tivesse um desejo de morte (por exemplo, excesso de velocidade , passar no sinal vermelho)
  • Querer telefonar ou visitar algumas pessoas para dizer adeus
  • Verbalizar frases como “As pessoas ficariam melhor sem mim”ou “qualquer dia acabo com isto tudo.”
  • Mudança repentinas mudando de um comportamento extremamente deprimido para agir de forma calma e alegre.
Atenção: Se você acha que um amigo ou algum membro da sua família está pensando em suicídio, manifeste a sua preocupação e procure ajuda profissional imediatamente. Falar abertamente sobre pensamentos suicidas e sentimentos podem salvar uma vida.

Muito importante: Se você está a sentir pensamentos suicidas, pode muito provavelmente ser um sintoma da depressão. Quando você está se sentindo extremamente deprimido ou suicida, os problemas parecem ser esmagadores e permanentes. Mas com o tempo, você pode conseguir sentir-se melhor, especialmente se você procurar ajuda. Se estiver a ter pensamentos sobre a morte, pondere. Certamente existem muitas pessoas que querem apoiá-lo durante este momento difícil, por isso, não hesite e peça ajuda! Ou em último caso telefone para a linha de emergência do seu país:  911 (Brasil).


AS VÁRIAS FORMAS DE DEPRESSÃO

Existem muitas razões para a depressão, existindo igualmente várias formas e expressões da depressão. Para algumas pessoas a depressão é algo comum na sua família, tendo uma tendência para se sentirem infelizes. Outras ficam deprimidos porque sentem-se mal com eles próprios, têm um pensamento tremendamente pessimista, sente-se corroídos pela preocupação e problemas, ou ficam stressados pela discrepância entre as suas expectativas e a realidade da sua vida. A depressão pode manifestar-se depois de um acontecimento traumático ou após uma situação de elevado stress, ou na perda de alguém ou alguma coisa significativa. Os tentáculos da depressão podem ser óbvios, quando a pessoa diz para ela própria que a sua vida só pode piorar. No entanto algumas pessoas afetadas pela depressão projetam um senso de cordialidade e bem-estar aparente para  disfarçar a sua dor. Disfarçar a depressão pode ser compreensivo. Torna-se funcional quando serve o propósito de manter uma relação positiva, quer com a vida quer com as pessoas. Mas, é inadequado quando a pessoa pretende evitar resolver o seu problema.
A depressão raramente pode reduzir-se a uma simples questão ou situação, apontando apenas para uma causa. Se for o seu caso, se isto lhe for transmitido por alguém, esteja alerta, pode estar a ser conduzido de forma irresponsável e inapropriada, o que lhe poderá vir a causar ainda mais problemas no futuro. Pondere uma segunda opinião.
Quando se liga a um auto-conceito pobre e a uma tendência para catastrofizar  sobre o desapontamento, injustiça, perda, a depressão pode ser recorrente. Talvez pense que quando está deprimido, o tipo de depressão que sente é imaterial. Em parte, isto está correto. Todas as formas de depressão envolvem uma profunda tristeza ou humor diminuído e uma elevada probabilidade de ter pensamentos distorcidos, depressivos e depreciativos.

Dica: Sabendo o tipo de depressão que você tem, pode ajudar a compreender melhor os seus sintomas e procurar o tratamento mais eficaz.
Apresento em seguida cinco tipos comuns de depressão:

Depressão Maior (Depressão Unipolar)

A depressão maior é caracterizada pela incapacidade de aproveitar os prazeres da vida e experiência. Os sintomas são constantes, variando de moderada a grave. Sem tratamento adequado, a depressão maior geralmente dura cerca de seis meses. Algumas pessoas experimentam apenas um episódio depressivo único durante toda a sua vida, mas geralmente, a depressão maior é um transtorno recorrente. No entanto, existem muitas coisas que você pode fazer para melhorar o seu humor e reduzir o risco de recorrência. Não sofra desnecessariamente, procure ajuda.
A depressão maior pode seguir-se a uma perda normal, uma perda catastrófica de algo extremamente importante (a casa de habitação) ou qualquer condição que seja percebida como traumática. Pode emergir de um padrão de ansiedade generalizada ou auto-verbalizações negativas.

 

Depressão Atípica

Depressão atípica é um subtipo comum de depressão maior. Ele apresenta um padrão de sintomas específicos, incluindo um elevador humor temporário em resposta a acontecimentos positivos. Você pode sentir-se temporariamente melhor depois de receber uma boa notícia, ou quando saí para uma festa com os amigos. No entanto, este impulso de humor é passageiro. Outros sintomas da depressão atípica incluem ganho de peso, aumento do apetite, sono excessivo, sensação de peso nos braços e pernas, e sensibilidade à rejeição. Tal como outras formas de depressão, você pode obter alívio e tratamento através de Terapia Cognitivo-comportamental

 

Depressão Distímica (Depressão leve recorrente)

A distimia é um tipo de depressão crônica leve. São mais os dias em que se sente moderadamente deprimido, que os que não se sente, embora você possa ter breves períodos de humor normal. Os sintomas da distimia não são tão fortes como os sintomas de depressão maior, mas duram muito tempo (pelo menos dois ou mais anos). Estes sintomas crônicos tornam a vida muito difícil de viver viver. Algumas pessoas também têm episódios depressivos maior conjuntamente com a distimia, uma condição conhecida como “depressão dupla”. Se você sofre de distimia, você pode sentir que quase sempre se sentiu deprimido. Ou você pode pensar que o seu humor diminuído faz parte de você (é do jeito que você é). A  distimia pode ser tratada com êxito, mesmo que os sintomas tenham sido ignorados ou tenha estado sem tratamento durante anos.

Transtorno afetivo sazonal

Quando o inverno se faz sentir com os seus dias frios, sombrios, curtos, enfadonhos, nublados, por vezes o humor é afetado. Algumas pessoas ficam deprimidas no outono ou inverno, principalmente pela limitação de sol. Este tipo de depressão é chamada de transtorno afetivo sazonal. Transtorno afetivo sazonal é mais comum em climas do norte e em pessoas mais jovens. Tal como outros tipos de depressão, este também é tratável. A terapia através da luz, um tratamento que envolve a exposição à luz artificial intensa, muitas vezes ajuda a aliviar os sintomas.

Depressão Bipolar: Quando a depressão é apenas um dos lados da moeda

Depressão bipolar, também conhecida como psicose maníaco-depressiva, é caracterizada por alterações de humor cíclico. Os episódios de depressão alternam-se com episódios maníacos, podendo incluir comportamentos impulsivos, hiperatividade, fala rápida, e pouco ou nenhum sono. Normalmente, a mudança de um modo extremo para o outro é gradual, com cada episódio maníaco ou depressivo tendo a duração de pelo menos várias semanas. Quando deprimido, uma pessoa com transtorno bipolar apresenta os sintomas usuais de depressão maior. No entanto, os tratamentos para a depressão bipolar são muito diferentes dos outros tipos de depressão.

 

Depressão, Algumas causas e fatores de risco

Algumas doenças têm uma causa médica específica, tornando o tratamento mais simples. Se você tem diabetes, toma insulina. Se você tiver apendicite, você faz uma cirurgia. Mas a depressão é mais complexa. A depressão não é o resultado de um desequilíbrio químico no cérebro, e o seu tratamento não pode ser reduzido apenas à medicação. Por outras palavras, as escolhas que você faz relativamente ao seu estilo de vida, relacionamentos e habilidades de lidar com as situações de vida, são muito significativos para o surgimento da depressão, mais do que o fator genético. No entanto, alguns fatores de risco podem torná-lo mais vulnerável à depressão.

CAUSAS E FATORES DE RISCO PARA A DEPRESSÃO

  • Solidão
  • Falta de apoio social
  • Recentes experiências de vida estressantes
  • História familiar de depressão
  • Problemas de relacionamento ou conjugal
  • Tensão financeira
  • Trauma ou abuso de infância
  • Uso de álcool ou drogas
  • Situação de desemprego ou o subemprego
  • Problemas de saúde ou de dor crônica
  •  

Saber a causa (contexto) da sua depressão pode ajudar a determinar o tratamento

 

Compreender a causa subjacente à depressão pode ajudá-lo a superar o problema. Qualquer um pode experimentar algum tipo de depressão, por algum motivo. É uma condição e situação que afeta pessoas de todos os tipos, de todas as raças, sexos e situação socioeconômica.
A depressão é uma condição extremamente pessoal que é causada por uma variedade de razões. Você pode estar em risco de depressão porque existe um histórico familiar da desordem. Você pode sentir-se deprimido por causa de certos medicamentos, tais como relaxantes musculares prescritos. Pode sentir-se deprimido por causa de uma determinada situação. A morte de um amigo ou membro da família, dificuldades financeiras, a perda de emprego ou indefinição profissional, são todas explicações legítimas para a depressão.
Para algumas pessoas, os sintomas da depressão podem desaparecer sem tratamento.  Por exemplo, Se você vive sozinho ou se mudou de localidade à pouco tempo e tem sentimentos de solidão e tristeza, encontrar novos amigos no trabalho ou através de um passatempo, provavelmente irá promover o seu estado de humor, mais do que uma terapia. Mas para a maioria das pessoas, usualmente alguma forma de tratamento acaba por ser necessário. Pessoas que não consultam um profissional de saúde correm o risco de se sentirem pior desnecessariamente.

FORMAS DE RECUPERAR DA DEPRESSÃO

Os sintomas e as causas da depressão são diferentes de pessoa para pessoa, assim também são várias as formas, caminhos e ajudas para a melhoria da depressão . O que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra, e não há necessariamente um tratamento adequado em todos os casos. Se você reconhecer os sinais de depressão em si mesmo ou num ente querido, levará algum tempo para explorar as muitas opções de tratamento. Na maioria dos casos, a melhor abordagem envolve uma combinação de suporte social, mudanças de estilo de vida, desenvolvimento de habilidades emocionais e sociais complementado com ajuda profissional. Na atualidade a Terapia Cognitivo-comportamental conjuntamente com a Terapia da Aceitação e Compromisso, são duas abordagens que aplicadas em conjunto surtem em resultados muito satisfatórios. 

PROCURE AJUDA E APOIO

Se julga que a possibilidade de conseguir vir a resolver este problema tão incapacitante como a depressão lhe parece praticamente impossível, não desespere. Sentir-se  impotente e sem esperança são sintomas da depressão, não é a realidade da sua situação. Esse tipo de pensamento é o seu problema (distorções do seu pensamento) a manifestar-se. Isso não significa que você é fraco ou que você não pode mudar! A chave para a recuperação da depressão é começar por procurar ajuda. Ter um forte sistema de apoio no local irá acelerar a sua recuperação. O isolamento aumenta a manifestação da depressão, funciona como um combustível, por isso procure o contacto com as outras pessoas, não as evite, mesmo quando você se sente como se estivesse sozinho no mundo. Deixe a sua família e amigos saber que você está passando por um momento difícil da sua vida, eles podem funcionar como a sua primeira linha de apoio.

FAÇA MUDANÇAS DE ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL

Mudanças de estilo de vida saudável nem sempre são fáceis de fazer, mas eles podem ter um grande impacto sobre a depressão. Algumas mudanças que podem ser muito eficazes incluem:
  • Cultivar relacionamentos de apoio
  • Fazer exercícios regulares
  • Regular o sono
  • Alimentar-se saudavelmente para impulsionar naturalmente o humor
  • Gerir o stress
  • Praticar técnicas de relaxamento:
  • Desafiar padrões de pensamentos negativos:

DESENVOLVA AS SUAS HABILIDADES EMOCIONAIS

Muitas pessoas não possuem as competências necessárias para gerir o stress e as emoções de forma equilibrada. Construir e desenvolver competências emocionais pode dar-lhe a capacidade de enfrentar e  recuperar da adversidade, trauma e perda. Ou seja, aprender a reconhecer e expressar suas emoções pode torná-lo mais resistente.

OS ANTIDEPRESSIVOS SERÃO O TRATAMENTO MAIS EFICAZ?

A medicação pode ajudar a aliviar os sintomas da depressão em algumas pessoas, mas eles não são uma cura em si mesmo. Alerto para o facto dos medicamentos apresentarem desvantagens específicas, nomeadamente nos efeitos secundários. Aprender os fatos sobre os antidepressivos e pesando os benefícios e os riscos pode ajudar você a tomar uma decisão consciente e individual sobre se a medicação é o mais certo para você. 
O tratamento mais eficaz para a depressão na grande maioria das vezes inclui alguma forma de terapia psicológica. Além disso, o que você aprende na terapia fornece-lhe habilidades e conhecimento para prevenir a recaída da depressão. Ensinam-se técnicas práticas sobre como reformular o pensamento negativo e empregar habilidades comportamentais no combate à depressão. A terapia também pode ajudá-lo a trabalhar na raiz da sua depressão, ajudando-o a compreender porque é que sente de uma certa maneira, o que são os seus gatilhos para a depressão, e o que você pode fazer para permanecer com o seu humor mais estável e emocionalmente mais equilibrado.


Dica: Leve sempre em consideração que a depressão tem mais a ver com a forma como se relaciona com a vida,  consigo mesmo e com os outros, do que provavelmente com outras “coisas.
 por Dr. Miguel Lucas - Psicólogo
Fonte de pesquisa: http://www.escolapsicologia.com/

terça-feira, 1 de abril de 2014

O que você precisa fazer antes de engravidar

Parabéns! Você finalmente decidiu: vai tentar engravidar. Mas espere um pouco. Será que você pensou em tudo mesmo? Antes de ir às vias de fato e começar a tentar, siga nosso passo a passo para botar a vida em ordem e fazer tudo direitinho: 

 1. Vá a uma farmácia ou posto de saúde e comece a tomar ácido fólico

O ácido fólico é uma substância que evita defeitos no bebê, mas o melhor é que seja tomado pelo menos um mês antes de a mulher engravidar. Mesmo que você ainda não tenha ido ao ginecologista para dar a notícia de que quer engravidar e fazer os exames necessários (leia abaixo), já pode ir tomando o ácido fólico, que é vendido sem receita médica nas farmácias, e fornecido gratuitamente em postos de saúde. 
O ideal é comprar apenas o ácido fólico, e não um complexo de vitaminas. O excesso de vitamina A (mais que 770 mcg RAE ao dia) pode ser prejudicial ao feto.  
A dose recomendada de ácido fólico é de pelo menos 400 microgramas (mcg), equivalente a 0,4 miligrama, ao dia. O ácido fólico não engorda e é bem baratinho. Os comprimidos disponíveis normalmente têm bem mais do que a dose recomendada (muitas vezes com 1 ou 5 miligramas).

 

2. Pense duas vezes antes de cair na balada

Comece a preparar seu corpo pegando mais leve nas noitadas, principalmente reduzindo ou eliminando o cigarro, o consumo de drogas e de bebidas alcoólicas. Vários estudos já demonstraram que o fumo e o uso de drogas podem provocar aborto espontâneo, parto prematuro e bebês com baixo peso ao nascer. 
As substâncias nocivas podem permanecer por mais tempo no organismo, por isso o melhor é parar bem antes de engravidar. 
Leve em conta também que o cigarro afeta a fertilidade feminina e a contagem de espermatozoides do homem. Por isso, e também pelo fumo passivo, vale a pena pensar em limpar a casa do cigarro, com o casal abandonando o hábito antes mesmo da gravidez. 
Os efeitos do álcool na gravidez são imprevisíveis, por isso alguns médicos sugerem que a mulher pare de beber antes mesmo de começar a tentar engravidar.

 

3. Diminua o cafezinho sagrado de todo dia

Pesquisas mostram que o excesso de cafeína pode afetar sua capacidade de absorver ferro, que é muito necessário na gravidez, e eleva o risco de o bebê morrer dentro do útero. Há ainda indícios de que a cafeína afete a fertilidade. 
Vá reduzindo então seu consumo de cafeína, não só no cafezinho, mas também em refrigerantes, chás e até no chimarrão. Mas cuidado para não abrir mão da cafeína de uma vez só, pois você pode ficar com dores de cabeça bem desagradáveis.  
4. Tente se aproximar do seu peso ideal 
Estudos mostram que é mais difícil engravidar para mulheres muito magras ou acima do peso, com índice de massa corporal (IMC) abaixo de 20 ou acima de 30. Para calcular o IMC, procure calculadoras na Internet ou faça a conta: É o seu peso (em quilos) dividido pela sua altura ao quadrado (em metros). Se você pesa 60 kg e tem 1,60 m de altura, faça o seguinte: calcule quanto é 1,60 x 1,60 (dá 2,56). Aí pegue o 60 (do seu peso) e divida por 2,56. O resultado será 23,4, dentro da faixa ideal. 
Trabalhar para chegar ao peso ideal também vai ajudar você com o próximo passo, que é cuidar da alimentação. Afinal, comer bem é uma coisa que você vai precisar ter na cabeça durante a gravidez e até depois que o bebê nascer, quando estiver amamentando. O melhor é pedir orientação a um profissional de saúde se você estiver fora da faixa recomendada de peso.

 

5. Encha a geladeira de comida saudável

Você ainda não está "comendo por dois", mas é bom já ir se acostumando e estocando no seu organismo nutrientes que serão essenciais para uma gravidez saudável. Procure comer pelo menos duas porções de fruta por dia, e três porções de hortaliças e verduras. Capriche também nas fibras e em alimentos ricos em cálcio, como leite, iogurte e brócolis. 
Se você gosta muito de peixe, é melhor evitar alguns tipos que vivem em águas profundas, como cação, peixe-espada, garoupa e marlin, porque eles podem acumular mercúrio, substância prejudicial que fica no organismo por até um ano. 
Uma boa sugestão é comer no máximo duas porções (cerca de 350 gramas) de peixes como salmão ou atum por semana.

 

6. Monte e siga seu programa de exercícios

Exercícios na gravidez faz muito bem, mas o ideal é que a mulher já esteja fazendo atividade física antes de engravidar, porque aí é só continuar a fazer os exercícios a que já está acostumada, sempre tomando os cuidados necessários. Além disso, a malhação pode ajudar a eliminar o estresse que pode vir junto com as tentativas de engravidar. 
O mais recomendado é fazer uma hora de atividade física, como caminhada, bicicleta e musculação, pelo menos três ou quatro vezes por semana.  Não faça muito mais que isso -- excesso de exercícios pode acabar atrapalhando o ciclo menstrual. Desde que você esteja menstruando normalmente, deve estar tudo bem. 
Se você sempre foi sedentária, comece aos poucos, sob orientação médica. Caminhar de 10 a 20 minutos por dia já é um bom princípio -- vá ao supermercado a pé, suba escadas em vez de pegar o elevador, mexa seu corpo sempre que der.

 

7. Vá ao dentista

Há cada vez mais provas de que doenças na boca podem afetar a gravidez, fazendo o bebê nascer prematuro, por exemplo. As mudanças hormonais que acontecem durante a gestação deixam a mulher mais suscetível a problemas na gengiva. Se faz mais de um ano que você não vai ao dentista, é melhor ir agora, antes de engravidar.

 

8. Pesquise um pouco o histórico médico da sua família

Você já ouviu seus pais contarem que tiveram um irmão que morreu pequeno, ou alguma criança na família que nasceu com problemas, ou tem parentes com doenças crônicas? Pode parecer meio mórbido, mas vale a pena dar uma investigada na família de vocês dois para saber se não há histórico de problemas genéticos ou cromossômicos, como síndrome de Down, anemia falciforme, outros tipos de anemia como a talassemia, fibrose cística, doença de Tay-Sachs (frequente nos descendentes de judeus do Leste Europeu), hemofilia e outras. 
Se descobrir alguma coisa suspeita, você vai poder perguntar ao ginecologista se é necessário algum tipo de exame especial ou aconselhamento genético para avaliar os riscos.

 

9. Marque uma consulta com o ginecologista

Não precisa ser ainda, necessariamente, com o médico que vai acompanhar a gravidez, mas você precisa marcar uma consulta e ir ao ginecologista para que ele dê uma olhada geral na sua saúde (e não só nos órgãos reprodutivos). Diga ao médico todos os remédios que está tomando ou que tomou recentemente. Alguns medicamentos, como o antiacne Roacutan (isotretinoína), não só não podem ser tomados na gravidez, mas permanecem no organismo depois de você parar de tomá-los. 
Conte ao médico sobre qualquer outro problema crônico de saúde, como a diabete ou disfunções da tireoide. O ginecologista vai dizer se você precisa tomar alguma vacina, como a contra a rubéola. 
É o médico também que vai decidir se é necessário fazer algum tipo de investigação genética, com base no que você contar a ele do histórico da sua família.

 

10. Observe seu corpo para descobrir quando está ovulando

Não há nada contra simplesmente parar de evitar a gravidez e deixar a coisa rolar naturalmente, para ver o que acontece. Só que boa parte das mulheres fica ansiosa, querendo engravidar o quanto antes. Se for esse seu caso, vale a pena se sintonizar com seu próprio organismo para ver se descobre a data da ovulação.

 

11. Informe-se sobre seu plano de saúde ou pré-natal público

A maioria dos planos de saúde tem dez meses de carência para gravidez, mesmo se apenas para mudança de categoria. Por isso, se você tem convênio ou plano de saúde, informe-se para ver quais hospitais, médicos e exames o plano cobre e se há reembolso. Se quiser mudar de categoria, terá de fazer isso antes de engravidar. 
Caso você não tenha plano de saúde e pretenda entrar em um, vale a mesma coisa: você vai precisar entrar pelo menos dez meses antes da data do parto, portanto é bom dar uma boa antecedência antes de começar as tentativas concretas. 
Maternidades particulares têm planos especiais para quem não tem plano de saúde -- você pode se informar sobre eles. Todas as mulheres têm direito a atendimento pelo SUS, de graça, mas é aconselhável investigar na sua região para ver a qualidade da assistência médica, que varia muito. Um bom começo é procurar as unidades básicas de saúde (postos) para saber como funciona o pré-natal.

 

12. Faça as contas e programe sua vida financeira

Bebês vêm com enormes despesas. Procure fazer um planejamento dos gastos, não só os da gravidez e do parto, mas também os do resto da vida. Pense nas coisas menos óbvias, como o preço da escola -- parece que está tão longe... O "a gente dá um jeito" não é a melhor maneira de pensar. Veja também como vai ficar sua vida durante a licença-maternidade. Autônomas que contribuem para o INSS recebem o salário-base da contribuição, por isso talvez valha a pena aumentar a contribuição antes de engravidar para receber um salário melhor. 
Descubra na empresa se há mudanças no esquema de trabalho para grávidas, ou se há muitos casos de mulheres que são mandadas embora depois que voltam da licença-maternidade (coisa que infelizmente não é tão rara assim).

 

13. Planeje seu espaço físico

Há lugar na sua casa para um bebê? A região é legal para criar um filho? Você quer construir mais um quartinho ou fazer uma reforma? O momento para pensar nisso é agora, não depois da gravidez. Lidar grávida com reforma ou mudança de casa é uma receita perfeita para o estresse.

 

14. Organize seus sentimentos e sua saúde mental

Mulheres que sofrem de depressão tendem a ter mais dificuldade para engravidar. Caso você não esteja com a cabeça boa, é melhor se tratar antes de engravidar, porque as mudanças hormonais são um furacão, e muitas vezes provocam depressão na gravidez e depressão pós-parto. 
Se a mulher estiver equilibrada no momento da gravidez, tudo tende a ser mais fácil. O médico saberá quais antidepressivos podem ser tomados enquanto se está tentando engravidar.
Em relação ao seu parceiro, veja se o relacionamento de vocês está bem. A gravidez só vai piorar as coisas se a situação já não estiver boa.

 

15. Proteja sua saúde e evite infecções

Quando se está tentando engravidar, é bom começar a tomar os mesmos cuidados da gestação, para não ficar doente nas primeiras semanas da gravidez, que é justo quando os órgãos do bebê estão se formando e estão mais sujeitos a problemas. 
Lave as mãos com frequência, peça para outra pessoa cuidar da caixinha de fezes do gato, para evitar a toxoplasmose. Prefira não comer carne crua, inclusive de peixe. Dê uma olhada desde já no nosso artigo sobre alimentação saudável na gravidez, pois você pode aplicar os mesmos princípios. 
Quando já estiver tentando de verdade, evite tomar remédios no período depois da ovulação, ou seja, a partir da metade do ciclo menstrual, porque já pode haver um embriãozinho em desenvolvimento dentro da sua barriga.

 

16. Pense bem

Ter um filho é compromisso para a vida toda. Antes de botar a mão na massa e fazer seu bebezinho, faça algumas perguntas a você mesma:
  • Vocês dois estão no mesmo barco nessa história de ter um bebê?
  • Se vocês têm diferenças de religião, já discutiram como isso vai afetar a criança?
  • Você pensou em como vai conciliar o trabalho e os cuidados com a criança?
  • Vocês estão dispostos a abrir mão da vida despreocupada e de "luxos" como dormir até mais tarde no fim de semana?

 

17. Conte a notícia para um(a) amigo(a)

É provável que você seja invadida por um monte de emoções ao mesmo tempo nesta época de decisões e tentativas. O apoio de uma pessoa especial é valiosíssimo. Mas não precisa espalhar para todo mundo que "está tentando". Você vai ter de enfrentar olhares curiosos e cheios de expectativas cada vez que disser "oi" para as pessoas. 
Outra opção é compartilhar sua expectativa com outras mulheres na sua situação.

 

18. Apimente sua relação

Há especialistas que acham que, quanto mais excitada a mulher, maior é a chance de haver fertilização. Já outros acham que não faz diferença. O ponto é que a hora do "vamos ver" é a mais gostosa, e deve ser aproveitada. Prepare-se para esquentar as coisas: uma lingerie provocante, velas no quarto, uma massagem... Faça o que funciona melhor para vocês.

 

19. Pare de usar seu método anticoncepcional

Se você já seguiu todos os passos, está na hora de começar a tentar de verdade. Dependendo do método, a coisa é mais imediata -- ou não. Basta deixar de usar a camisinha e vocês já estarão "tentando", mas no caso de métodos hormonais a coisa não é tão fácil. 
Se você toma a pílula tradicional combinada, por exemplo, é melhor terminar de tomar a cartela, para evitar que sua menstruação fique toda bagunçada. Pode levar alguns meses para o ciclo menstrual se regularizar depois da pílula. O mesmo vale para os adesivos e o anel intravaginal. No caso da injeção de Depo-Provera, pode demorar mais tempo para você começar a ovular de novo, mesmo que a menstruação volte ao normal rápido. DIUs e implantes precisam ser retirados pelo médico. 
Quanto tiver parado de usar anticoncepcional, acostume-se a marcar na agenda ou no calendário a data da sua menstruação. Depois vai ficar mais fácil contar a gravidez.

 

20. Divirta-se e aproveite a vida despreocupada sem filhos

Se tudo der certo, sua liberdade vai acabar logo. Então aproveite: ande de montanha-russa, monte a cavalo, surfe, faça tudo de radical que depois não vai poder fazer por um bom tempo.

Namore muito, aproveite seu tempo livre, durma até tarde, passeie muito e curta sua vida com os amigos e com seu companheiro. 
Boa sorte!!!
Fonte:  http://brasil.babycenter.com/