A algum tempo atrás minha primogênita só conhecia duas relações familiares: mamãe-filhinha e papai-filhinha. E é muito lindo notar e descobrir como a visão de mundo da minha pequena tem se ampliado. Primeiramente se ligando afetivamente aos avós, tios e finalmente aos amigos e entende perfeitamente o que isso quer dizer. Quem são eles? O primo da mesma idade, os vizinhos de porta, os filhos de nossos amigos com quem ela também convive bastante. Pra mim, minha filha entendia a amizade, como a simples convivência de quem compartilha os brinquedos e brincadeiras.
Foi então que percebi que ela sabe e entende muito mais do que isso. Na hora da naninha, minha pequenina de 6 anos comenta: "- Mamãe, quero conversar com você”. “Mamãe, quero te dizer que você é minha amiga!”. Qual mãe não se desmancha toda nessa hora? A filhotinha quis ficar um tempão falando, contando como tinha sido a comemoração da Páscoa, as coisas que tinha feito e de que tinha gostado, seus gostos e preferências – de música, de passeios, de desenhos animados! Ela conseguiu me explicar tudo, e finalizou: “Mamãe, amiga gosta de estar junto, né?”. Sim, filha, amiga gosta mesmo de ficar junto!
É por momentos como esse que você percebe o quanto vale a pena abrir mão de algumas coisas pela maternidade. Porque um vínculo assim se forma do contato no dia- a- dia, da dedicação que você coloca na intenção de se tornar amiga do seu filho. E para ajudar nessa conexão, listei cinco formas de fortalecer essa amizade.
1) Abrace.
Eu acredito na terapia do abraço: não existe dor nesse mundo
que não seja amenizada por ele. Por isso, fique junto, aperte, dê
carinho. É assim que seu filho aprenderá a ser carinhoso.
2) Quando estiver com seu filho, esteja 100% com ele.
É
fácil falar, mas é difícil na prática. Pois hoje queremos fazer
milhares de coisas ao mesmo tempo. Seu celular toca o dia inteiro, você
checa os e-mails a cada meia - hora, e ainda tem que dar conta de todas
as tarefas maternas. O dia é corrido mesmo, mas se você puder tirar uma
parte do seu tempo (mesmo que pequena, mas onde você esteja
integralmente disposta a interagir com o filhote, brincar com ele) sem
nenhuma distração, ele se sentirá valorizado.
3) Pratique a empatia.
Tente se colocar no lugar do seu filho. Se seu filho Ele está com medo ou caiu, não ignore sua necessidade de atenção, por mais que julgue algo pequeno. Beije o machucado, não custa nada! O filhote vai se sentir cuidado por você.
4) A hora de dormir é especial.
Por
experiência própria, eu sei que a hora de dormir pode ser bastante
desgastante. Pode ser que você leve uma hora dentro do quarto do filhote
e esteja à beira de uma ataque de nervos. Mas eu também sei que esse é o
momento mais difícil do dia para minha filha. Porque não deixa de
significar uma separação. Quando viajei recentemente, foi o único
momento do dia em que ela chorou a minha falta, e conversando com muitas
mães percebo que é exatamente da mesma forma na casa delas. Por isso,
mesmo quando a paciência está pequena, procuro valorizar os momentos
antes da hora de dormir. Uma história, uma conversa sobre o dia, ou
simplesmente ficar ali junto do pequeno pode ser tudo o que ele quer de
você. Custa tão pouco, e o retorno é tão grande!
5) Deixe a emoção tomar conta.
É
claro que temos que ser fortes na frente dos filhos. Há momentos em que
por maior que seja nosso pânico, nosso papel de mãe é colocar no rosto
aquela cara de quem está no controle de tudo e passar segurança para os
filhos. Mas também há espaço para deixar uma lágrima rolar de vez em
quando, se bater a tristeza. Deixe, nesses momentos, que o pequeno tenha
a oportunidade de ver que você é humana e que nem todos os dias são
bons. Deixe que ele dê o beijo e o abraço que curam!
dicas- (http://www.mildicasdemae.com.br/
por Michelle F. Jasinski