terça-feira, 1 de abril de 2014

O que você precisa fazer antes de engravidar

Parabéns! Você finalmente decidiu: vai tentar engravidar. Mas espere um pouco. Será que você pensou em tudo mesmo? Antes de ir às vias de fato e começar a tentar, siga nosso passo a passo para botar a vida em ordem e fazer tudo direitinho: 

 1. Vá a uma farmácia ou posto de saúde e comece a tomar ácido fólico

O ácido fólico é uma substância que evita defeitos no bebê, mas o melhor é que seja tomado pelo menos um mês antes de a mulher engravidar. Mesmo que você ainda não tenha ido ao ginecologista para dar a notícia de que quer engravidar e fazer os exames necessários (leia abaixo), já pode ir tomando o ácido fólico, que é vendido sem receita médica nas farmácias, e fornecido gratuitamente em postos de saúde. 
O ideal é comprar apenas o ácido fólico, e não um complexo de vitaminas. O excesso de vitamina A (mais que 770 mcg RAE ao dia) pode ser prejudicial ao feto.  
A dose recomendada de ácido fólico é de pelo menos 400 microgramas (mcg), equivalente a 0,4 miligrama, ao dia. O ácido fólico não engorda e é bem baratinho. Os comprimidos disponíveis normalmente têm bem mais do que a dose recomendada (muitas vezes com 1 ou 5 miligramas).

 

2. Pense duas vezes antes de cair na balada

Comece a preparar seu corpo pegando mais leve nas noitadas, principalmente reduzindo ou eliminando o cigarro, o consumo de drogas e de bebidas alcoólicas. Vários estudos já demonstraram que o fumo e o uso de drogas podem provocar aborto espontâneo, parto prematuro e bebês com baixo peso ao nascer. 
As substâncias nocivas podem permanecer por mais tempo no organismo, por isso o melhor é parar bem antes de engravidar. 
Leve em conta também que o cigarro afeta a fertilidade feminina e a contagem de espermatozoides do homem. Por isso, e também pelo fumo passivo, vale a pena pensar em limpar a casa do cigarro, com o casal abandonando o hábito antes mesmo da gravidez. 
Os efeitos do álcool na gravidez são imprevisíveis, por isso alguns médicos sugerem que a mulher pare de beber antes mesmo de começar a tentar engravidar.

 

3. Diminua o cafezinho sagrado de todo dia

Pesquisas mostram que o excesso de cafeína pode afetar sua capacidade de absorver ferro, que é muito necessário na gravidez, e eleva o risco de o bebê morrer dentro do útero. Há ainda indícios de que a cafeína afete a fertilidade. 
Vá reduzindo então seu consumo de cafeína, não só no cafezinho, mas também em refrigerantes, chás e até no chimarrão. Mas cuidado para não abrir mão da cafeína de uma vez só, pois você pode ficar com dores de cabeça bem desagradáveis.  
4. Tente se aproximar do seu peso ideal 
Estudos mostram que é mais difícil engravidar para mulheres muito magras ou acima do peso, com índice de massa corporal (IMC) abaixo de 20 ou acima de 30. Para calcular o IMC, procure calculadoras na Internet ou faça a conta: É o seu peso (em quilos) dividido pela sua altura ao quadrado (em metros). Se você pesa 60 kg e tem 1,60 m de altura, faça o seguinte: calcule quanto é 1,60 x 1,60 (dá 2,56). Aí pegue o 60 (do seu peso) e divida por 2,56. O resultado será 23,4, dentro da faixa ideal. 
Trabalhar para chegar ao peso ideal também vai ajudar você com o próximo passo, que é cuidar da alimentação. Afinal, comer bem é uma coisa que você vai precisar ter na cabeça durante a gravidez e até depois que o bebê nascer, quando estiver amamentando. O melhor é pedir orientação a um profissional de saúde se você estiver fora da faixa recomendada de peso.

 

5. Encha a geladeira de comida saudável

Você ainda não está "comendo por dois", mas é bom já ir se acostumando e estocando no seu organismo nutrientes que serão essenciais para uma gravidez saudável. Procure comer pelo menos duas porções de fruta por dia, e três porções de hortaliças e verduras. Capriche também nas fibras e em alimentos ricos em cálcio, como leite, iogurte e brócolis. 
Se você gosta muito de peixe, é melhor evitar alguns tipos que vivem em águas profundas, como cação, peixe-espada, garoupa e marlin, porque eles podem acumular mercúrio, substância prejudicial que fica no organismo por até um ano. 
Uma boa sugestão é comer no máximo duas porções (cerca de 350 gramas) de peixes como salmão ou atum por semana.

 

6. Monte e siga seu programa de exercícios

Exercícios na gravidez faz muito bem, mas o ideal é que a mulher já esteja fazendo atividade física antes de engravidar, porque aí é só continuar a fazer os exercícios a que já está acostumada, sempre tomando os cuidados necessários. Além disso, a malhação pode ajudar a eliminar o estresse que pode vir junto com as tentativas de engravidar. 
O mais recomendado é fazer uma hora de atividade física, como caminhada, bicicleta e musculação, pelo menos três ou quatro vezes por semana.  Não faça muito mais que isso -- excesso de exercícios pode acabar atrapalhando o ciclo menstrual. Desde que você esteja menstruando normalmente, deve estar tudo bem. 
Se você sempre foi sedentária, comece aos poucos, sob orientação médica. Caminhar de 10 a 20 minutos por dia já é um bom princípio -- vá ao supermercado a pé, suba escadas em vez de pegar o elevador, mexa seu corpo sempre que der.

 

7. Vá ao dentista

Há cada vez mais provas de que doenças na boca podem afetar a gravidez, fazendo o bebê nascer prematuro, por exemplo. As mudanças hormonais que acontecem durante a gestação deixam a mulher mais suscetível a problemas na gengiva. Se faz mais de um ano que você não vai ao dentista, é melhor ir agora, antes de engravidar.

 

8. Pesquise um pouco o histórico médico da sua família

Você já ouviu seus pais contarem que tiveram um irmão que morreu pequeno, ou alguma criança na família que nasceu com problemas, ou tem parentes com doenças crônicas? Pode parecer meio mórbido, mas vale a pena dar uma investigada na família de vocês dois para saber se não há histórico de problemas genéticos ou cromossômicos, como síndrome de Down, anemia falciforme, outros tipos de anemia como a talassemia, fibrose cística, doença de Tay-Sachs (frequente nos descendentes de judeus do Leste Europeu), hemofilia e outras. 
Se descobrir alguma coisa suspeita, você vai poder perguntar ao ginecologista se é necessário algum tipo de exame especial ou aconselhamento genético para avaliar os riscos.

 

9. Marque uma consulta com o ginecologista

Não precisa ser ainda, necessariamente, com o médico que vai acompanhar a gravidez, mas você precisa marcar uma consulta e ir ao ginecologista para que ele dê uma olhada geral na sua saúde (e não só nos órgãos reprodutivos). Diga ao médico todos os remédios que está tomando ou que tomou recentemente. Alguns medicamentos, como o antiacne Roacutan (isotretinoína), não só não podem ser tomados na gravidez, mas permanecem no organismo depois de você parar de tomá-los. 
Conte ao médico sobre qualquer outro problema crônico de saúde, como a diabete ou disfunções da tireoide. O ginecologista vai dizer se você precisa tomar alguma vacina, como a contra a rubéola. 
É o médico também que vai decidir se é necessário fazer algum tipo de investigação genética, com base no que você contar a ele do histórico da sua família.

 

10. Observe seu corpo para descobrir quando está ovulando

Não há nada contra simplesmente parar de evitar a gravidez e deixar a coisa rolar naturalmente, para ver o que acontece. Só que boa parte das mulheres fica ansiosa, querendo engravidar o quanto antes. Se for esse seu caso, vale a pena se sintonizar com seu próprio organismo para ver se descobre a data da ovulação.

 

11. Informe-se sobre seu plano de saúde ou pré-natal público

A maioria dos planos de saúde tem dez meses de carência para gravidez, mesmo se apenas para mudança de categoria. Por isso, se você tem convênio ou plano de saúde, informe-se para ver quais hospitais, médicos e exames o plano cobre e se há reembolso. Se quiser mudar de categoria, terá de fazer isso antes de engravidar. 
Caso você não tenha plano de saúde e pretenda entrar em um, vale a mesma coisa: você vai precisar entrar pelo menos dez meses antes da data do parto, portanto é bom dar uma boa antecedência antes de começar as tentativas concretas. 
Maternidades particulares têm planos especiais para quem não tem plano de saúde -- você pode se informar sobre eles. Todas as mulheres têm direito a atendimento pelo SUS, de graça, mas é aconselhável investigar na sua região para ver a qualidade da assistência médica, que varia muito. Um bom começo é procurar as unidades básicas de saúde (postos) para saber como funciona o pré-natal.

 

12. Faça as contas e programe sua vida financeira

Bebês vêm com enormes despesas. Procure fazer um planejamento dos gastos, não só os da gravidez e do parto, mas também os do resto da vida. Pense nas coisas menos óbvias, como o preço da escola -- parece que está tão longe... O "a gente dá um jeito" não é a melhor maneira de pensar. Veja também como vai ficar sua vida durante a licença-maternidade. Autônomas que contribuem para o INSS recebem o salário-base da contribuição, por isso talvez valha a pena aumentar a contribuição antes de engravidar para receber um salário melhor. 
Descubra na empresa se há mudanças no esquema de trabalho para grávidas, ou se há muitos casos de mulheres que são mandadas embora depois que voltam da licença-maternidade (coisa que infelizmente não é tão rara assim).

 

13. Planeje seu espaço físico

Há lugar na sua casa para um bebê? A região é legal para criar um filho? Você quer construir mais um quartinho ou fazer uma reforma? O momento para pensar nisso é agora, não depois da gravidez. Lidar grávida com reforma ou mudança de casa é uma receita perfeita para o estresse.

 

14. Organize seus sentimentos e sua saúde mental

Mulheres que sofrem de depressão tendem a ter mais dificuldade para engravidar. Caso você não esteja com a cabeça boa, é melhor se tratar antes de engravidar, porque as mudanças hormonais são um furacão, e muitas vezes provocam depressão na gravidez e depressão pós-parto. 
Se a mulher estiver equilibrada no momento da gravidez, tudo tende a ser mais fácil. O médico saberá quais antidepressivos podem ser tomados enquanto se está tentando engravidar.
Em relação ao seu parceiro, veja se o relacionamento de vocês está bem. A gravidez só vai piorar as coisas se a situação já não estiver boa.

 

15. Proteja sua saúde e evite infecções

Quando se está tentando engravidar, é bom começar a tomar os mesmos cuidados da gestação, para não ficar doente nas primeiras semanas da gravidez, que é justo quando os órgãos do bebê estão se formando e estão mais sujeitos a problemas. 
Lave as mãos com frequência, peça para outra pessoa cuidar da caixinha de fezes do gato, para evitar a toxoplasmose. Prefira não comer carne crua, inclusive de peixe. Dê uma olhada desde já no nosso artigo sobre alimentação saudável na gravidez, pois você pode aplicar os mesmos princípios. 
Quando já estiver tentando de verdade, evite tomar remédios no período depois da ovulação, ou seja, a partir da metade do ciclo menstrual, porque já pode haver um embriãozinho em desenvolvimento dentro da sua barriga.

 

16. Pense bem

Ter um filho é compromisso para a vida toda. Antes de botar a mão na massa e fazer seu bebezinho, faça algumas perguntas a você mesma:
  • Vocês dois estão no mesmo barco nessa história de ter um bebê?
  • Se vocês têm diferenças de religião, já discutiram como isso vai afetar a criança?
  • Você pensou em como vai conciliar o trabalho e os cuidados com a criança?
  • Vocês estão dispostos a abrir mão da vida despreocupada e de "luxos" como dormir até mais tarde no fim de semana?

 

17. Conte a notícia para um(a) amigo(a)

É provável que você seja invadida por um monte de emoções ao mesmo tempo nesta época de decisões e tentativas. O apoio de uma pessoa especial é valiosíssimo. Mas não precisa espalhar para todo mundo que "está tentando". Você vai ter de enfrentar olhares curiosos e cheios de expectativas cada vez que disser "oi" para as pessoas. 
Outra opção é compartilhar sua expectativa com outras mulheres na sua situação.

 

18. Apimente sua relação

Há especialistas que acham que, quanto mais excitada a mulher, maior é a chance de haver fertilização. Já outros acham que não faz diferença. O ponto é que a hora do "vamos ver" é a mais gostosa, e deve ser aproveitada. Prepare-se para esquentar as coisas: uma lingerie provocante, velas no quarto, uma massagem... Faça o que funciona melhor para vocês.

 

19. Pare de usar seu método anticoncepcional

Se você já seguiu todos os passos, está na hora de começar a tentar de verdade. Dependendo do método, a coisa é mais imediata -- ou não. Basta deixar de usar a camisinha e vocês já estarão "tentando", mas no caso de métodos hormonais a coisa não é tão fácil. 
Se você toma a pílula tradicional combinada, por exemplo, é melhor terminar de tomar a cartela, para evitar que sua menstruação fique toda bagunçada. Pode levar alguns meses para o ciclo menstrual se regularizar depois da pílula. O mesmo vale para os adesivos e o anel intravaginal. No caso da injeção de Depo-Provera, pode demorar mais tempo para você começar a ovular de novo, mesmo que a menstruação volte ao normal rápido. DIUs e implantes precisam ser retirados pelo médico. 
Quanto tiver parado de usar anticoncepcional, acostume-se a marcar na agenda ou no calendário a data da sua menstruação. Depois vai ficar mais fácil contar a gravidez.

 

20. Divirta-se e aproveite a vida despreocupada sem filhos

Se tudo der certo, sua liberdade vai acabar logo. Então aproveite: ande de montanha-russa, monte a cavalo, surfe, faça tudo de radical que depois não vai poder fazer por um bom tempo.

Namore muito, aproveite seu tempo livre, durma até tarde, passeie muito e curta sua vida com os amigos e com seu companheiro. 
Boa sorte!!!
Fonte:  http://brasil.babycenter.com/

segunda-feira, 31 de março de 2014

Medo na infância- saiba como ajudar a criança a superar seus medos

É na infância, sobretudo até os 5 anos, que uma série de temores aflora de maneira mais intensa. Aprenda a detectá-los e deixar os baixinhos mais tranquilos nessa hora

O medo faz parte da natureza humana. É um estado emocional que ativa os sinais de alerta do corpo diante dos perigos e uma importante etapa do amadurecimento afetivo de bebês. A tarefa dos pais é ajudá-los a lidar com os próprios temores, que tendem a florescer ainda mais nos primeiros aninhos de vida. Mas qual o limite entre o medo normal e o exagerado? O que fazer quando o pequeno começa a sofrer? Para a psicóloga Maria Tereza Maldonado, de São Paulo, o saudável é buscar o equilíbrio. “A falta de medo expõe a criança ao risco e o excesso dele faz com que ela se feche, numa espécie de prisão sentimental”, explica a especialista. “O ideal é ajudar a criança a identificar o medo ‘amigo’ e o medo ‘inimigo’. O primeiro ela deve obedecer, e o segundo, desobedecer.”

Na prática, o que se espera é que o pequeno aprenda a dominar seus temores e não ser dominado por eles, assim como acontece com os adultos. A diferença é que meninos e meninas têm uma percepção mais inocente dos acontecimentos, uma imaginação bastante fértil e uma menor capacidade de discernimento dos fatos. “Esses três ingredientes juntos transformam um simples ralo de piscina na mais pavorosa ameaça à vida humana”, ilustra Maria Tereza, cujo filho passou por essa situação. “Ele viu uma folha ser tragada pelo ralo e deduziu que o mesmo aconteceria com qualquer um que entrasse na água.”

Identificar a origem ou mesmo a existência do medo infantil exige dedicação. É preciso estar atento aos sinais demonstrados pela criança e saber conversar com ela sobre o que lhe causa pavor. Os pais e os responsáveis devem dar corda e valorizar tudo o que a garotada diz. Também precisam lembrar-se de que nem sempre os pequenos se comunicam por palavras. “A oportunidade de se expressar dá à criança a chance de encontrar a saída sozinha”, garante Maria Tereza.


 
Sintomas
O medo excessivo causa reações fisiológicas e comportamentais na criança. Coração palpitante, calafrios, suor nos pés e nas mãos, sono intranquilo, descontrole para fazer xixi, diarreia e dor de barriga são alguns dos indícios do problema. “Quando esse quadro se instala, a saúde da criança pode ser prejudicada por causa de uma desidratação ou anemia, por exemplo”, alerta a psicopedagoga Eliane Pisani Leite. As reações comportamentais – inibição e agressividade – por sua vez prejudicam a rotina da criança, mas podem se agravar e virar fobias, caracterizadas por reações exageradas que fogem ao controle da criança. Para detectar essas situações o quanto antes, conheça os principais tipos de medo.
 
Tipos de medo comuns na infância
O pediatra carioca Júlio Dickestein diz que o medo costuma surgir diante de alguns elementos reais na vida de uma criança: o médico, a creche ou escola, a alimentação, a violência e a dor recorrente. Essas causas reais geram um medo verdadeiro, mas também podem derivar para estados secundários (medo de escuro, de monstros etc.). “Cada criança reage de uma maneira e o temor pode se tornar banal ou catastrófico”, explica o médico. “O importante é que os pais saibam a origem do medo, que acaba se manifestando de forma mais clara quando a criança fica sozinha ou está em lugares escuros”, explica o pediatra. Conheça cada um deles:

Médico
A criança já chega estressada à consulta. Tudo é diferente. Em seguida, fica sem roupa diante de um estranho com objetos ameaçadores, que são postos na garganta, no ouvido, no peito... Isso sem falar na injeção. Para minimizar o apavoramento que tanta novidade causa, brinquedos podem ser ótimos aliados.

Creche e escola
É uma etapa difícil para qualquer criança: separar-se dos pais por períodos prolongados pela primeira vez. Os pequenos se sentem desprotegidos na fase de adaptação. Para seu filho ficar mais seguro, seja fiel aos horários. Esteja esperando por ele na hora da saída da creche ou da escola.

Alimentação
A comida leva a um círculo vicioso muito comum. Os pais querem que a criança coma, mas a criança não quer comer. E, quanto mais eles forçam, pior fica a situação. Resultado: o pequeno trava à mesa. Tornar a refeição um momento descontraído é uma boa forma de diluir esse amedrontamento. Procure enaltecer os prazeres proporcionados pelos alimentos (isso vale mais do que festejar quando a criança come ou castigar quando recusa um alimento).

Dor permanente
Costuma estar associada a doenças. Por exemplo, à intolerância a algum tipo de alimento, como o leite. As cólicas persistentes fazem com que a criança fique alarmada diante da comida. Nessa situação, não engane seu filho. Diga a verdade sobre a relação entre o alimento e a dor que sente. O pediatra sempre poderá ajudar você a traduzir para a linguagem do pequeno essa relação.

Violência
É o tema mais difícil de abordar, mas infelizmente acontece com frequência. O pior é que essa causa tem a ver diretamente com os pais. Da negligência afetiva (mãe e pai que deixam os filhos emocionalmente desamparados porque estão sempre cansados do trabalho, por exemplo) à palmada, de ameaças a humilhações, todo tipo de sofrimento físico e psíquico causado à meninada pode gerar medo e marcar o pequeno pela vida toda.

Escuridão
A falta de luz favorece a imaginação das crianças. Nesse cenário, vultos e sons podem ganhar dimensão e se transformar em figuras amedrontadoras na cabecinha delas. Alguns segundos no escuro antes de dormir, conversando com o pai ou a mãe, são uma forma de estimular a criança a vencer a inquietação. Deixar uma luz indireta próxima à cama também colabora.

Fantasia
Monstros, fantasmas, bichos-papões e homens do saco sempre farão parte do imaginário infantil. Afinal, são elementos presentes nas historinhas que as crianças ouvem e assistem e nas brincadeiras que fazem. Esse universo lúdico é fundamental para o desenvolvimento dos pequenos ao estimular sua capacidade inventiva, função importante do pensamento. Mas ele também pode alimentar os chamados medos “inimigos”, principalmente quando os pequenos estão sozinhos ou no escuro. Nessa hora, a conversa e a brincadeira são as melhores ferramentas para ajudar meninos e meninas a lidar com suas fantasias. Exemplo: a sombra na parede pode se transformar em aliada no enfrentamento de medos (em vez de causá-los).

Terror noturno
É um medo patológico que, estima-se, atinge até 15% das crianças em idade pré-escolar. As causas não estão totalmente esclarecidas. O pequeno acorda sobressaltado durante a noite e demonstra estar mais apavorado do que o razoável, com semblante de terror. É difícil acalmá-lo. Ele praticamente não consegue acordar completamente durante a crise e costuma transpirar bastante. O coração também dispara. Em geral, a criança não se lembra do que a assustou ou tem apenas uma lembrança imprecisa de algo pavoroso durante o sono. Nesse caso, é importante sempre tranquilizá-lo sem gritos e buscar ajuda profissional de psicólogos ou psiquiatras.

Ficar sozinho
Na cabeça da criança, a ausência de uma pessoa da família por perto pode significar que ela está à mercê de todos os perigos. Deixe absolutamente claro que ela não vai ficar desamparada e que você não vai desaparecer da vida dela! Mas fale sempre a verdade, de preferência olhando nos olhos dela. Diga ao pequeno que você vai, mas que volta. Em geral, é aconselhável estimular a criança a enfrentar esse medo aos poucos. Isso faz com que ela desenvolva a autoconfiança e se sinta cada vez mais segura. É importante não confundir medo com birra. O choro pode ter vários significados. Um escândalo na porta da escola ou na casa da avó nem sempre é sinal só de pavor. Fique atento ao semblante da criança e procure acalmá-la sempre, conversando.

Medos reais
São os chamados medos “amigos” porque protegem a criança dos riscos oferecidos por escadas, estranhos, animais, lugares altos, água, por exemplo. Devem ser estimulados com informação para que ela desenvolva a cautela sem exageros. Assim, terá a percepção do risco e a atitude de autoproteção, conseguindo enfrentar a situação de uma maneira menos sofrida.

Medos comuns por idade
 
0 a 18 meses
Barulhos estranhos ou altos, luzes intensas, pessoas estranhas e riscos de quedas. O bebê chora ou fica irritadiço e agitado.
 
18 a 36 meses
Água, pessoas mascaradas (Papai Noel), escola e tudo o que for estranho à sua rotina. É importante saber que a zona de conforto do bebê está ligada à ordem.
 
3 a 5 anos
Fantasias assustadoras, como monstros e fantasmas. É a fase da imaginação fértil, que pode se intensificar na hora de dormir. Ela acontece por causa do desenvolvimento da massa cinzenta. Vale lembrar que a capacidade de imaginação aumenta à medida que ocorre o desenvolvimento biológico do cérebro.
 
A partir dos 6 anos
Medos mais vinculados à realidade, como o de ladrões e o de acidentes em geral. A família deve transmitir a malícia necessária para a criança ter segurança. Nessa hora, é importante demonstrar como agir em uma piscina ou, então, o que fazer diante do assédio de estranhos.
 
Como lidar com o medo infantil


- Dê atenção, questione e estimule a criança a enfrentar o medo irreal (ou inimigo): ela encontrará sozinha uma solução para suas fantasias. Exemplo: a sombra na parede pode se transformar em uma aliada no confronto dos medos (em vez de causá-los).
 
- Não gaste tempo demais falando sobre o assunto para evitar que a criança fique ainda mais ansiosa. Mude de tópico, distraia.
 
- Fale a verdade sobre os medos reais (ou amigos) para que a criança construa noções de perigo. Exemplo: ela tem de saber que escadas, piscinas e animais presos representam riscos. Mas faça isso sem aterrorizá-la.
 
- Brinque com seu filho e entre na fantasia dele (a do bicho-papão, por exemplo): experiências lúdicas ajudam os pequenos a lidar com seus anseios.
 
- Bonecos e brinquedos treinam a criança para a vida. Os pequenos costumam representar em brincadeiras o sentimento de medo frente a uma situação real, como a ida a um hospital.
 
- Avalie a intensidade do medo e fique atenta para o limite da normalidade, que é a rotina saudável de vida.
 
- Faça a apresentação formal das pessoas para que a criança saiba que aquele estranho tem autorização do pai para se aproximar. É verdade que nem sempre isso funciona. Nesse caso, é preciso ter paciência e saber dar tempo ao tempo. Essa fase passa. Mas é importante não confundir o choro da criança que fica sem a mãe a semana inteira e não quer largar o colo no fim de semana do choro de medo de estranhos.
 
- Ofereça objetos para ela se sentir mais segura, principalmente na hora de dormir sozinha. São os chamados objetos transicionais, que reduzem a ansiedade da criança durante a passagem da vida desperta para o sono. Pode ser o famoso ursinho, o naná, a boneca e até a mantinha. O importante é que ele tenha algo familiar à mão para enfrentar os temores na hora de dormir.
 
- Jamais use o medo da criança como meio de poder: além de cruéis, ameaças de deixar o filho sozinho ou no escuro reforçam o medo inimigo.

por  Débora T. Lanna - Psicóloga
Fonte: http://bebe.abril.com.br/







quinta-feira, 27 de março de 2014

Como desenvolver o hábito da leitura


Estimulando o hábito da leitura

 


1. O primeiro e principal passo é dar o exemplo. Tenha livros em casa e, o mais importante: leia com (e para) a criança. Pais leitores terão mais facilidade para criar o mesmo hábito nos filhos.

2. Vá com as crianças a espaços culturais onde sempre há eventos relacionados ao universo literário, como contações ou peças de teatro adaptadas de livros.

3. Em bibliotecas e livrarias, em vez de deixar a meninada sozinha explorando as prateleiras, ajude a escolher as obras mais adequadas e leia as histórias. Aproveite a ocasião para ensinar que é preciso cuidar do livro, ou seja, que não vale rasgar, amassar ou rabiscar as páginas.

4. Em casa, deixe os livros em locais de fácil acesso para o seu filho. Vale ter exemplares na caixa de brinquedos, na banheira e no berço (e não só na estante).

5. E ainda vale outra dica: não basta apenas deixar os livros à vista das crianças. É preciso criar o interesse. Os pais precisam ser o mediadores nessa relação.

6. Leia para o seu filho na hora de dormir, mas crie também outros momentos de leitura no dia a dia: depois das refeições, na volta da escola.... Seu filho vai visitar o amigo? Coloque o livro preferido dele na mochila. E se no fim de semana vai receber os amigos dele em casa, incentive uma roda de leitura. A partir da história de um livro, pode surgir uma brincadeira.

7. Mesmo que seu filho ainda não saiba ler, deixe que ele conte o enredo à sua maneira. E lembre-se: crianças costumam pedir pela mesma história mais de uma vez.

8. Leia para seu filho desde bebê. Invista em livros de tecido, de plástico, cartonados, com texturas, pop-ups (os mais simples, não os muito elaborados) e deixe que ele “brinque” com as páginas. Assim, ele já se familiariza com o objeto.

9. Tocar a tela de um tablet é como virar a página de um livro. O gosto pela leitura pode ser estimulado tanto a partir de uma plataforma impressa quanto de uma digital. Deixe que as crianças manipulem os apps, portanto, mas esteja por perto, conte aquela história para a criança (assim como faz com os livros).

10. Os livros digitais com recursos como sons e animações são mais atraentes. Mas, mesmo nos tablets, não deixe de procurar por obras com boas histórias e adequadas à idade do seu filho.


Fonte de pesquisa: Revista Crescer

quarta-feira, 26 de março de 2014

Como incluir as crianças desde pequenas as atividades domésticas

Responsabilidades apropriadas às idades das crianças

As crianças precisam ajudar em casa, mas aprender a executar tarefas é uma habilidade necessária para a vida adulta. 
A casa está uma bagunça. Os brinquedos espalhados de uma extremidade a outra. Os pratos empilhados na pia. Há montes de roupa que competiriam com o Monte Everest. E sujeira ou manchas de mãos cheias de alimentos especiais cobrem as janelas e paredes. Consegue visualizar a imagem? É hora de limpar e a mãe não pode fazer tudo sozinha. É hora de colocar toda a família para trabalhar. Aqui estão algumas tarefas apropriadas às idades das crianças, desde os pequenos até os adolescentes.


Crianças de 2-3 anos de idade podem: 

- Ajudar a arrumar a própria cama. 
- Recolher seus brinquedos. 
- Ajudar a limpar coisas derramadas. 
- Tirar poeira dos móveis. 
- Colocar a roupa suja em uma cesta. 
- Recolher o lixo e colocá-lo na lata de lixo. 
- Ajudar a guardar mantimentos (talvez apenas entregar a um adulto os itens para arrumar). 
- Ajudar com pratos, entregando pratos limpos a um adulto para arrumar. 

 
Crianças de 4-5 anos de idade podem: 

- Arrumar as próprias camas. 
- Vestir-se sem ajuda. 
- Pôr a mesa para as refeições (supervisionada). 
- Colocar os pratos na pia ou na máquina de lavar louça. 
- Descarregar utensílios da máquina de lavar louça. 
- Molhar flores ou plantas. 
- Esvaziar pequenas latas de lixo. 
- Limpar janelas ou paredes com um pano e água. 
- Ajudar a preparar alimentos. 
- Ajudar tirar os mantimentos do carro. 



Crianças de 6-7 anos de idade podem: 

- Arrumar suas camas diariamente. 
- Pentear sozinhas o cabelo. Escovar os dentes. 
- Ser responsável por alimentar, dar água e caminhar com animais de estimação. 
- Aspirar seus próprios quartos. 
- Dobrar e arrumar roupas. 
- Ajudar a preparar as refeições. 
- Manter seu quarto limpo. 
- Endireitar livros numa estante. 
- Tirar e limpar a mesa. 
- Varrer e esfregar (pode precisar de alguma ajuda). 
- Guardar os pratos limpos. 


Crianças de 8-11 anos de idade podem: 

- Cuidar de sua higiene pessoal. 
- Ser responsável por tarefas de casa. 
- Lavar pratos ou colocar na máquina de lavar louça. 
- Preparar algumas refeições fáceis por conta própria. 
- Lavar banheiros com supervisão. 
- Limpar a mesa após as refeições. 
- Aprender a usar a máquina de lavar e secar roupa. 
- Rastelar folhas. 
- Levar o lixo para fora. 
- Pregar botões. 
- Caminhar com animais de estimação. 
- Ajudar com as refeições. 


Crianças de 11 anos podem: 

- Cuidar de sua higiene pessoal. 
- Manter seu quarto limpo e fazer limpeza geral a cada 3 meses. 
- Cortar a grama. 
- Tirar poeira, aspirar e lavar banheiros. 
- Lavar pratos, panelas, copos e talheres. 

- Trocar seus próprios lençóis. 
- Usar a máquina de lavar e secar roupa. 
- Limpar a cozinha. 
- Limpar o forno. 
- Passar roupa. 
- Lavar janelas e espelhos. 



Adolescentes de 14 anos podem: 

- Concluir tarefas domésticas atribuídas sem serem lembrados.
- Trabalhar no quintal. 
- Preparar alimentos - inclusive fazendo uma lista de supermercado, comprar os itens (com um dos pais), cozinhar a refeição, e servir. 



Adolescentes de 16 anos podem:

- Ser responsáveis em ganhar seu próprio dinheiro. 
- Ser responsável pela compra de suas próprias roupas. 
- Cuidar do trabalho doméstico e de quintal completamente, conforme necessário. 
- Preparar as refeições para a família. 
- Fazer limpeza geral. 


Pode haver outras tarefas apropriadas à idade e que podem ser designadas dependendo das circunstâncias familiares e maturidade da criança ou adolescente. 
Lembre-se de não exigir perfeição - especialmente quando a criança é bem jovem ou está aprendendo uma nova habilidade. Elogie os esforços e ensine quando melhorias forem necessárias. As crianças vão um dia se tornar adultos que devem saber como cuidar de suas próprias casas e famílias. Aprender a trabalhar juntos como uma família é uma habilidade necessária e competência de vida. 

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original It takes a family to run a household: Age-appropriate chores for all children, de Wendy Jensen. 
Fonte: http://familia.com.br/

terça-feira, 25 de março de 2014

Outono... a estação dos "Cardigans"

O outono chegou, e não há peça mais que perfeita para usar nesta estação como o cardigan, o famoso "casaquinho da vovó," cheio de charme e que casa com a maioria das combinações que fazemos.
Quentinho ou fresquinho, com fios mais grossos ou mais finos e delicados , feitos de tricô, crochê ou malha fria, customizados com pérolas, bordados, ou com flores de crochê e lacinhos ou usados com broxes, não importa, é a peça chave do momento.
Particularmente, amo esses casaquinhos que colaboram deixando o visual mais feminino e de quebra, mais quentinho.
Abaixo selecionei os meus preferidos. Um mais lindo que o outro.
Looks confortáveis para o dia a dia compondo o queridinho cardigan. 















Lindos não é?
Agora é só escolher um look que se encaixe em seu perfil para  ficar linda e quentinha nesta estação perfeita.

por Michelle F. Jasinski